A metalomecânica integrada no Vigent Group, que detém também a Brasmar, fechou a aquisição da empresa sediada em Troyes, com uma área industrial de 30 hectares, que fatura 49 milhões de euros e emprega 350 pessoas.
A Metalogalva anunciou esta quinta-feira, 15 de outubro, a aquisição de 49% da companhia francesa Petitjean, que atua nas áreas de iluminação pública, estruturas tubulares para transporte, distribuição de energia e telecomunicações, ficando a metalomecânica portuguesa com opção de compra dos restantes 51%.
Recusando revelar ao Negócios os valores envolvidos nesta operação que visa “reforçar a sua vocação internacional”, a empresa dedicada à engenharia e proteção do aço assinou o acordo com o grupo saudita Al-Babtain, que em 2012 tinha comprado esta firma que atua sobretudo nos mercados francófonos e na qual investiu perto de 60 milhões de euros, segundo relatos da imprensa francesa.
Fundada em 1959 por Daniel Petitjean, a empresa sediada em Troyes, onde conta com uma área industrial de 30 hectares, faturou 49,1 milhões de euros em 2019 e emprega cerca de 350 pessoas. A Metalogalva promete “manter a gestão atual” e indica que “a estratégia passará por manter as marcas, devido ao reconhecimento de ambas na Europa, procurando a cooperação entre os diferentes departamentos, numa lógica de complementaridade”.
“[Estamos] muito satisfeitos com esta aquisição, que permitirá incrementar a quota de mercado da Metalogalva em França para um valor consolidado de 43 milhões de euros. É uma aposta estratégica muito importante, que nos permitirá melhorar toda a ‘supply chain’ e desenvolver importantes sinergias ao nível da investigação e desenvolvimento”, resume Sérgio Silva, CEO do Vigent Group e dono também da Brasmar (produtos do mar congelados), que em 2019 estendeu os “tentáculos” em Espanha.
É uma aposta estratégica muito importante, que nos permitirá melhorar toda a ‘supply chain’ e desenvolver importantes sinergias ao nível da investigação e desenvolvimento.
Sérgio Silva, CEO do Vigent Group
A Metalogalva, que com esta aquisição prevê em 2020 faturar 150 milhões de euros em termos consolidados, foi criada em 1971 pelos irmãos Adelino e Joaquim Silva. Emprega mais de 650 pessoas nas cinco unidades nacionais que tem espalhadas pela Trofa, Vila do Conde e Albergaria-a-Velha e está atualmente presente em 14 países: Portugal, Espanha, França, Itália, Polónia, Alemanha, Bélgica, Reino Unido, Argélia, Ucrânia, Senegal, Canadá, Moçambique, Brasil e Arábia Saudita, onde há dois anos montou uma fábrica de estruturas metálicas para projetos de energias renováveis.
A nível europeu apresenta-se como um dos principais operadores na produção de colunas de iluminação pública e de outras estruturas ligadas a áreas como a do transporte de energia, renováveis, telecomunicações, rodovias, ferrovias e galvanização a quente. “Empurrada” para a internacionalização durante a última crise – a estreia, no início desta década, deu-se precisamente em França, onde tinha até agora uma delegação comercial –, os artigos que fabrica e são mais vistos pelos portugueses são as colunas de iluminação pública e os postes da REN e da EDP.