O projeto em Copenhaga, promovido pela câmara da capital dinamarquesa que pretendia “mais eficiência energética”, previa a “substituição de todo o equipamento de iluminação da cidade, a que se juntou outro, de manutenção, que terá a duração de 18 anos”.
Desde 2012 no mercado dinamarquês, a empresa do distrito do Porto, uma das “cinco maiores europeias na área da iluminação pública”, segundo António Pedro, correspondeu “à exigência de que as colunas de iluminação pública teriam de ser antigraffiti e antiautocolante, valorizando a parte estética deste equipamento e, desta forma, reduzindo os custos de manutenção”.
Com uma encomenda de oito mil colunas “a empresa teve de reinventar-se perante números tão grandes”, sendo que, ao desafio técnico, juntou-se o tecnológico, explicando o responsável que “em países com temperaturas muito baixas, o comportamento dos metais e da tinta é diferente” e que isso teria de ser equacionado ainda em fase de produção, “evitando custos adicionais de produção por alguma anomalia”.
E com o caderno de encargos a “prever ainda uma redução de consumos na ordem dos 55%”, o recurso “à tecnologia LED para iluminação” fez o resto de um projeto que, ao nível de Copenhaga, “vai em breve ser replicado, com mais cerca de duas mil colunas”, tendo a empresa portuguesa auferido “cerca de 1,2 milhões euros” no negócio.
Com projetos em França, Bélgica, Alemanha e Reino Unido foi na proteção do reator onde em 1986 se deu o maior acidente nuclear, em Chernobyl, que a Metalogalva viu novamente o seu nome associado a grandes obras.
“É um projeto de grande notoriedade, financiando pela União Europeia e por outros países, que consistiu na construção de um sarcófago para a proteção do reator onde se deu a explosão”, revelou António Pedro, naquela que foi “a maior estrutura móvel jamais construída, em termos de peso, cerca de 18 mil toneladas, e um investimento de 1,5 mil milhões de euros”.
A empresa da Trofa “forneceu o equipamento de iluminação no interior do sarcófago, com quatro colunas de grande altura e mais duas, com 30 metros de alto, para o exterior da estrutura, além de 50 outras para garantir a iluminação no complexo”, acrescentou.
“Trata-se de colunas com instrumentos mecânicos, que sobem e descem”, explicou o administrador sobre um negócio que rendeu à empresa “cerca de 150 mil euros” e cujo caderno de encargos “exige 100 anos de vida útil do equipamento, quando normalmente uma estrutura deste tempo tem um período de vida de 30 anos”.
Passando de uma capacidade exportadora em 2010 na área metalomecânica de 7%, e de um volume de negócios de 50 milhões de euros, para atingir os 80% em 2017, prevendo ultrapassar os 90 milhões de euros, em 2018 o objetivo “é consolidar o crescimento anual nos dois dígitos, potenciando as operações comerciais instaladas”.